terça-feira, 2 de agosto de 2011

Me empreste sua imagem por uma noite.

É isso mesmo, me empreste sua imagem por uma noite?
A imagem que tenho não preenche meu vazios
Ao contrário, mostra um espaço, uma lacuna não preenchida.
Não retrata, só distrata, o que era vida

Mostra lugares onde, antes, algo havia.

Onde, há, não me lembro quanto tenho, algo eu via.
Essa imagem é aquela do passado,
De uma vida que eu pensava já ter deixado de lado

Me empreste sua imagem por uma noite?


A imagem que vejo, em nada me acrescenta

Ao contrário das possibilidades que a sua me apresenta.
Permita que eu posso tê-la
Por, ao menos, alguns minutos, possa sentí-la, além de vê-la

Me empreste sua imagem por uma noite?


Me deixe saber o que ela sente?

Me empreste uma possibilidade de ser diferente.

Me empreste sua imagem por uma noite?


O que te impede? Não há do que se envergonhar

Não há porque ficar assim, vermelho
Hoje te vejo tão bem, e é essa imagem que pretendo guardar
Para que, quando me olhar, veja sua felicidade, sua imagem, nesse espelho.